segunda-feira, 12 de setembro de 2011


Entre outras coisas, é também disto que vem o meu medo de crescer: entender que erguendo a cabeça pode-se ver o céu, inclusive quando é noite e quando não há nenhum estrela para apontar para o Sul. É também por saber mais de política e de amores tão opostos e que te cobram da mesma maneira. Eu me distraio de dia enquanto o sol dança bonito, faço questão de esquecer da vida passada em que me afoguei no choro e dos falcões que saíram de dentro de mim rasgando tudo, querendo encontrar as nuvens. É também porque sou frágil e ficava sensível quando me diziam que eu era assim mesmo. Nunca tentei provar o contrário, nunca bati de frente com quem descobria minhas piores verdades. Não que eu gostasse de ser assim. Via gente com olhar de quem se garantia, com pose de quem não necessitava de espelhos para estar apresentável. Antes de tudo, eu era inaceitável dentro de mim. Mas ainda era eu. E não me perdi em nenhum vendaval. Não queria crescer com medo de ser forte - alguém forte de outro nome, com outra tentativa, com outra palavra. Eu me acreditei em minha fraqueza e às vezes é isso o que te faz sobreviver. Respirar o veneno que deram é para poucos. Mas eu não queria colocar de maneira alguma máscara de gás. Queria era que vissem meu sorriso, que registrassem minha alma e discernissem o meu rosto descoberto no meio da multidão. Eu queria mostrar que podia ser eu sem depender da minha fraqueza de morar nesse mundo.






#hojefaço3mesesdenamoro *----*.

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